3 Highlights do AI Brasil Experience para a sua loja virtual

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Os insights de IA que você precisa aplicar para vender mais, direto do evento.

Logotipo oficial do AI Brasil Experience, com uma árvore estilizada em circuitos e uma abelha ao centro, em um fundo preto.
Imagem: AI Brasil

A “ressaca” de inovação pós-AI Brasil Experience é real. Basicamente, o evento, que aconteceu no Distrito Anhembi , cumpriu sua missão de descomplicar a IA e focar em suas aplicações reais no varejo, finanças e muito mais. Como resultado, para o gestor de e-commerce, ficou claro que a Inteligência Artificial deixou de ser um “hype” para se tornar uma ferramenta operacional indispensável.

Felizmente, parte da equipe da e-Plus esteve presente nos dois dias de evento, filtrando os debates mais importantes para a nossa realidade. Portanto, compilamos aqui os 3 highlights do AI Brasil Experience que você precisa entender e aplicar na sua operação. Afinal, ao final desta leitura, você terá lições práticas de gigantes como iFood e Casas Bahia para transformar a IA em um motor de receita.

1- A MENTALIDADE DE IA É MAIS IMPORTANTE QUE A FERRAMENTA

Sem dúvida, um dos painéis mais aguardados foi o de Diego Barreto, CEO do iFood, intitulado “Quanta IA tem em um pedido do iFood?”. No entanto, o que mais chamou a atenção não foram (apenas) os números impressionantes, mas a mentalidade da empresa.

Para começar, Barreto explicou que a chave para a inovação da empresa foi adotar uma mentalidade que enxerga o mundo como cíclico, e não linear , citando os ciclos de disrupção tecnológica. Em outras palavras, o mundo está em movimento constante, e a cultura da empresa precisa abraçar isso.

A lição para o e-commerce: o iFood adota uma cultura de ambidestria, ou seja, a capacidade de manter o que já existe (a operação do dia a dia) e, ao mesmo tempo, buscar obsessivamente pelo novo.

  • Teste > Ideia: Barreto afirmou “não gostar de ideias“. Em vez disso, ele incentiva a equipe a testar soluções para os problemas que identificam. Afinal, é assim que se aprende e se identifica uma tendência na prática.
  • Resultados: graças a essa estratégia, eles criaram seu próprio modelo de IA, o LCM (Large Commerce Model). Hoje, o iFood realiza 14 bilhões de predições mensais e viu um aumento de 30% na receita desde a criação do modelo.

Portanto, a lição do iFood é clara: antes de contratar uma ferramenta de IA, mude a cultura. Incentive a curiosidade, o teste e o erro.

2- MARKETING É MATEMÁTICA E O FIM DO “MALUCO DO PROMPT”

Em segundo lugar, a palestra de Bruno Melo, cofundador da ManyContent, foi um choque de realidade para os gestores de marketing. Basicamente, ele começou com uma provocação: “Marketing é matemática. IA também“.

Segundo ele, tanto o marketing quanto a IA dependem da análise de dados, não da intuição. No entanto, o maior problema do mercado é a “preguiça de olhar para os dados“.

A lição para o e-commerce: no Brasil, onde 66% dos consumidores pesquisam o perfil da marca antes de comprar , a presença digital é “prova de existência”. Contudo, com o avanço da IA, a produção de conteúdo aumentou 40%, mas o engajamento caiu 28%.

  • O problema: O “maluco do prompt” , que gera volume sem estratégia, está perdendo a luta para o algoritmo.
  • A regra 90/10: Melo enfatizou que “seguidor não paga a conta“. Por isso, ele defendeu a “Regra 90/10”: 90% do conteúdo deve ser educativo ou inspiracional, e apenas 10% focado em conversão direta.
  • IA com propósito: A IA não deve substituir a estratégia , mas sim amplificar o que já é bom.

3- ONDE A IA REALMENTE GERA ROI

Por fim, Renato Franklin, CEO do Grupo Casas Bahia, trouxe a visão estratégica que falta em muitas operações de varejo. Afinal, segundo ele, 95% dos projetos de IA não trazem retorno porque são implementados sem um objetivo claro.

Na Casas Bahia, a IA é usada como um meio para tomar decisões mais inteligentes, especialmente em duas frentes:

  1. Sortimento de produtos: a empresa usa um algoritmo com variáveis preditoras de demanda para definir o mix de produtos ideal para cada loja física, com base no perfil local. Como resultado, eles tiveram um aumento de 30% na produtividade por SKU.
  2. Precificação dinâmica: eles adotaram uma solução que otimiza os preços com base em objetivos comerciais e elasticidade. Ou seja, a IA permite simular cenários e ajustar margens de forma inteligente.
Vídeo: Grandes varejistas brasileiros estão investindo em IA! | e-Plus

A lição para o e-commerce: o case mais claro foi o da Black Friday 2025. Franklin explicou que as ofertas da varejista são data-driven. Em outras palavras, elas são definidas observando as buscas dos usuários e o comportamento em tempo real no e-commerce, permitindo que o time comercial atue de forma cirúrgica para converter a intenção de compra.

CONCLUSÃO: A IA É A FERRAMENTA, A ESTRATÉGIA É DE QUEM ESTÁ POR TRÁS

O AI Brasil Experience deixou uma mensagem clara: a revolução da IA é, antes de tudo, humana. Como disse Pedro Chiamulera, fundador da ClearSale, na abertura: “A IA não sente, não se emociona” , e este é o momento de abraçar nosso lado humano para inovar.

Em resumo, os 3 highlights do evento mostram que:

  1. A cultura (iFood): é preciso testar e ser curioso.
  2. O marketing (ManyContent): é preciso ter estratégia e focar no 90/10, usando a IA para fazer o básico bem feito.
  3. A operação (Casas Bahia): é preciso ter um objetivo claro (ROI) para cada projeto de IA.

Portanto, a IA não é uma solução mágica, mas sim a ferramenta mais poderosa que temos para amplificar uma estratégia bem definida.

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