
O Fórum E-Commerce Brasil 2025 reuniu os maiores especialistas do varejo nacional, que debateram os rumos do setor. Por isso, se você busca direcionamento estratégico, precisa conhecer os insights do Fórum E-Commerce Brasil 2025. Neste artigo, compilamos as cinco principais tendências apresentadas no evento, que vão desde a evolução dos marketplaces e a onipresença do Pix até a consolidação de novas formas de vender online. Continue lendo e descubra como essas transformações impactarão o seu negócio e o que fazer para se manter competitivo.
1- A REVOLUÇÃO CULTURAL NOS MARKETPLACES B2B
A digitalização das vendas entre empresas foi um tema central, e o consenso entre os especialistas é claro: a tecnologia, por si só, não é suficiente. A transição para um marketplace B2B exige, acima de tudo, uma profunda mudança de cultura.
Embora o modelo de negócio se inspire na experiência do consumidor final (B2C), as particularidades do ambiente corporativo impõem desafios únicos. A resistência à digitalização muitas vezes começa dentro da própria empresa, onde a cultura da venda tradicional ainda é dominante. Para superar essa barreira, é preciso entender que a entrada no marketplace é um movimento natural e irreversível.
Os especialistas destacaram alguns pontos-chave para essa transição:
- Educação do mercado: é fundamental mostrar para as marcas B2B a importância do canal digital. Muitos clientes corporativos ainda têm dúvidas no início da jornada, o que exige um forte trabalho de aculturamento.
- O novo papel do vendedor: nesse cenário, o vendedor assume uma função mais consultiva, guiando o cliente.
- Quebra da “cultura do balcão”: em setores como o de autopeças, a falta de costume com o digital é uma barreira para compradores, varejistas e fornecedores. A solução é investir em treinamento intenso para levar informação até a ponta, como aos mecânicos, por exemplo.
- Formação de times: o sucesso da operação depende da união de talentos que já estão na empresa com profissionais experientes do mercado digital.
2- OMNICANALIDADE GUIADA PELA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE
A omnicanalidade deixou de ser uma promessa para se tornar um pilar do varejo competitivo. No entanto, o conceito evoluiu. A discussão no Fórum E-Commerce Brasil 2025 deixou claro que a integração de canais vai muito além de simplesmente permitir a compra online com retirada na loja. A jornada do consumidor agora é fluida e exige uma conexão real e eficiente entre todos os pontos de contato.
Para que isso funcione, a estratégia precisa ser pensada sob a ótica do cliente. Isso significa redesenhar operações e cultura para colocar o consumidor no centro de tudo. Flavio Reis, CDO das Lojas Renner, destacou que a construção da estratégia geral precisa ser omni desde o início.
Os debates também apontaram que a rentabilidade não deve ser um obstáculo para a experiência. A pergunta que os gestores devem se fazer é: “o que posso fazer dentro de casa para melhorar a rentabilidade sem prejudicar a experiência do cliente?“. A regionalização e a personalização também foram citadas como fatores-chave para o sucesso, pois um player omni consegue atender melhor às particularidades de cada localidade.
3- A EVOLUÇÃO DO PIX: NOVAS FUNCIONALIDADES NO RADAR
O Pix continua a transformar o cenário de pagamentos no Brasil, consolidando-se como uma solução acessível, segura e de baixo custo para todos os tipos de negócio. Em uma das plenárias, Mirena Brito, do Banco Central do Brasil, apresentou as novidades que prometem ainda mais facilidade para varejistas e consumidores.
Uma das principais ferramentas para o e-commerce é o Pix Cobrança, que permite gerenciar pagamentos com data de vencimento, além de controlar juros, multas e descontos. Ele pode ser integrado via QR Code ou pela API Pix, que facilita a automação e a conciliação para empresas com sistemas de gestão.
Pix automático e parcelado: O futuro dos pagamentos
Duas grandes novidades foram destacadas e devem impactar diretamente o varejo:
- Pix automático: lançado em junho, é a solução para pagamentos recorrentes, como assinaturas e mensalidades. Para as empresas, ele reduz o risco de inadimplência e elimina atrasos no processamento. O pagador autoriza os débitos previamente, garantindo mais segurança e controle.
- Pix parcelado: com lançamento previsto para setembro deste ano, essa modalidade oferecerá uma nova opção de crédito ao consumidor. As condições de parcelamento serão definidas pelas instituições financeiras, que deverão comunicá-las de forma clara ao cliente.
Para o futuro, o Banco Central também planeja o Bolepix, o Pix em Garantia e a Duplicata no Pix, expandindo ainda mais o ecossistema de pagamentos.
4- MARKETPLACES: DE VITRINES A ECOSSISTEMAS COMPLETOS
A era dos marketplaces como simples vitrines de produtos acabou. A nova fase é a de ecossistemas estratégicos, que integram logística, serviços financeiros, mídia e tecnologia em uma única estrutura. Essa evolução é impulsionada por uma mudança no comportamento de clientes e vendedores.
Segundo Talita Borges, do Magalu Entregas, o sucesso do modelo agora se apoia em três pilares: intermediação eficiente, efeito de rede e economia de escala. Em outras palavras, quanto mais participantes engajados, maior o valor gerado para todos. Nesse contexto, a logística deixou de ser apenas um custo para se tornar um diferencial competitivo. “Fidelizamos pelo prazo e pelo frete“, resumiu a executiva.
Operar como um ecossistema significa garantir que logística, mídia e tecnologia atuem com eficiência e previsibilidade. Plataformas que investem em fulfillment e parceiros locais, por exemplo, conseguem superar gargalos e oferecer entregas mais rápidas e baratas. Portanto, a presença digital já não é suficiente; é preciso ter uma visão de plataforma e integração operacional.
5- A ERA DO DISCOVERY COMMERCE COM O TIKTOK SHOP
Em sua estreia no Fórum, o TikTok mostrou por que sua operação de e-commerce já é um sucesso. Segundo a empresa, o Brasil foi um dos melhores lançamentos do TikTok Shop no mundo. A plataforma aposta no discovery commerce, um modelo que une entretenimento e compras de forma nativa e fluida.
A proposta é oferecer uma jornada completa dentro da própria rede social, eliminando a necessidade de redirecionamentos externos. Isso é possível por meio de quatro formatos imersivos:
- Vídeos no feed com links de produtos;
- Lives interativas com produtos fixados;
- Vitrine de produtos no perfil da marca;
- Aba “Shop” para navegação e checkout direto no app.
Os criadores de conteúdo são o centro dessa estratégia, pois geram confiança e autenticidade. A plataforma oferece um programa de afiliados para conectar marcas e influenciadores. Além disso, todo o processo pós-clique é gerenciado pelo TikTok, desde o checkout nativo (com Pix, cartão e boleto) até a logística, com parceiros homologados. A mensagem é clara: a descoberta encontra um caminho direto para a venda.
CONCLUSÃO
Os insights do Fórum E-Commerce Brasil 2025 apontam para um futuro cada vez mais integrado, inteligente e centrado no consumidor. As discussões deixaram claro que a transformação digital vai além da tecnologia, exigindo uma evolução na cultura das empresas (especialmente no B2B), uma visão de ecossistema para os marketplaces e uma abordagem omnichannel que realmente coloque a experiência do cliente em primeiro lugar. Ferramentas como o Pix e plataformas como o TikTok Shop estão redesenhando as jornadas de compra, tornando-as mais fluidas e convenientes. O sucesso no varejo do futuro dependerá da capacidade de combinar estratégia, tecnologia e, principalmente, uma profunda compreensão do comportamento do consumidor.
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