Cross Border na VTEX: está pronto para vender fora do Brasil?

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Saiba o que considerar antes de levar sua operação de e-commerce para o mercado internacional

Notebook sobre uma mesa de escritório com a tela exibindo o logo VTEX em fundo escuro, sobreposto a um globo terrestre em tons de rosa e roxo, com linhas de conexão simulando uma rede global, representando a capacidade de cross border na vtex.
Foto meramente ilustrativa: e-Plus

Expandir um e-commerce para o mercado internacional é um desejo comum entre gestores que buscam crescimento exponencial. Afinal, vender para consumidores de outros países significa alcançar novos públicos, diversificar receitas e aumentar a relevância da marca. Porém, internacionalizar exige muito mais do que traduzir a loja para outro idioma. É preciso enfrentar barreiras logísticas, fiscais, culturais e tecnológicas.

É aqui que entra o Cross Border na VTEX: um conjunto de recursos que permite estruturar vendas internacionais sem necessidade de abrir filiais físicas em outros países. Por isso, neste artigo, vamos mostrar como funciona essa solução, quais desafios você precisa superar e de que forma preparar sua operação para vender fora do Brasil com segurança e eficiência.

O QUE É O CROSS BORDER NA VTEX?

O termo Cross border commerce significa “comércio além das fronteiras”. Na prática, trata-se de um modelo em que a loja mantém sua operação centralizada no país de origem, mas vende para consumidores estrangeiros.

A VTEX, plataforma de e-commerce líder na América Latina, oferece recursos nativos para viabilizar esse modelo. Entre eles:

  • Integração com adquirentes globais e múltiplos métodos de pagamento.
  • Cálculo de frete internacional e integração com transportadoras parceiras.
  • Gestão centralizada de impostos e taxas por mercado.
  • Personalização de idioma, moeda e catálogo por país.

Ou seja: com o Cross Border da VTEX, você pode vender para diferentes mercados sem a complexidade de criar operações separadas em cada país.

POR QUE INVESTIR EM VENDAS INTERNACIONAIS?

De acordo com a Ebit | Nielsen, o e-commerce transfronteiriço movimenta bilhões de dólares por ano, com destaque para consumidores latino-americanos que buscam produtos exclusivos do Brasil. Ao apostar nesse modelo, você pode:

  • Diversificar sua receita: reduzindo a dependência de um único mercado.
  • Expandir a marca globalmente: tornando-a mais competitiva.
  • Conquistar consumidores com alto poder de compra: em países onde seu produto pode ser percebido como premium.

Além disso, crises econômicas locais impactam menos negócios que já possuem receita distribuída em diferentes países.

Vídeo: Cross border – O poder do comércio transfronteriço | e-Plus

PRINCIPAIS DESAFIOS DO CROSS BORDER

Apesar das oportunidades, vender internacionalmente envolve superar barreiras complexas. Vamos detalhar os principais desafios identificados pela própria VTEX e especialistas do mercado.

1- Ambiente regulatório e tributário

Cada país possui regras de importação, impostos e restrições específicas. Nos EUA, por exemplo, cada estado pode aplicar uma política tributária diferente. No Brasil, produtos como cosméticos ou suplementos exigem registro em órgãos como a Anvisa antes de serem exportados.

Sem planejamento, sua operação pode sofrer com retenções alfandegárias, devoluções e multas. Por isso, contar com consultoria jurídica e fiscal especializada é essencial.

2- Logística e logística reversa

Segundo estudos da VTEX, até 28% dos consumidores abandonam o carrinho quando se deparam com prazos longos ou custos de entrega elevados. Além disso, a infraestrutura em alguns países emergentes ainda é limitada, o que aumenta os riscos de atraso.

A saída é investir em parceiros logísticos globais e regionais, utilizar centros de distribuição locais e adotar políticas claras de devolução. Isso reduz custos e melhora a confiança do consumidor.

3- Métodos de pagamento e custos cambiais

O spread cambial pode encarecer a compra em até 7%, e o IOF adiciona mais 6,38%, elevando significativamente o preço final. Além disso, a forma de pagamento preferida varia de país para país: no México, quase 47% das compras online ainda são pagas em dinheiro, na Índia, esse número chega a 50%.

A VTEX permite a integração com adquirentes locais, oferecendo métodos de pagamento nativos (como carteiras digitais ou PIX internacionais), o que aumenta a taxa de conversão.

4- Fraude e contestação de compras

A chamada “fraude amiga” (quando o cliente contesta uma compra legítima no cartão) é frequente no cenário internacional e, por isso, gera prejuízos tanto em mercadorias quanto em taxas de chargeback. Portanto, investir em soluções antifraude adaptadas a cada país é fundamental.

5- Cultura local e experiência do consumidor

Não basta traduzir o site. Além disso, é preciso adaptar descrições, imagens e até medidas. Um exemplo simples: roupas vendidas em “P, M e G” no Brasil precisam ser convertidas para padrões internacionais (S, M, L ou centímetros).

Além disso, o atendimento precisa considerar idioma e estilo de comunicação. Essa personalização faz com que o consumidor estrangeiro sinta confiança para comprar de uma marca fora do seu país.

6- Operações de marketing e concorrência local

Concorrer em um novo mercado exige pesquisa profunda. Muitas vezes, será preciso ajustar preços, repensar estratégias promocionais e até explorar canais digitais diferentes dos usados no Brasil. Em alguns países, marketplaces dominam as vendas; em outros, redes sociais têm mais peso.

Sendo assim, adaptar o marketing digital à realidade local é um dos fatores que determinam o sucesso da operação.

EXEMPLO REAL: LOJA TRÊS E A EXPANSÃO INTERNACIONAL

Um case emblemático é o da Loja Três, marca brasileira de moda que expandiu suas operações para Portugal e Espanha utilizando o Cross Border da VTEX.

Os principais desafios incluíam gerenciar múltiplos domínios, traduzir automaticamente descrições, configurar tributações diferentes e integrar transportadoras regionais. Apesar disso, tudo foi administrado por meio do painel unificado da plataforma.

O resultado? Entregas feitas em apenas 5 dias do Rio de Janeiro até Porto, e um ticket médio 115% maior em compras internacionais em comparação ao mercado doméstico.

Esse exemplo mostra como a tecnologia certa pode transformar desafios complexos em diferenciais competitivos.

COMO PREPARAR SUA LOJA PARA O CROSS BORDER NA VTEX

Se você está pronto para dar esse passo, siga estas recomendações práticas:

  • Integre métodos de pagamento internacionais: aceite moedas locais e carteiras digitais populares.
  • Adapte seu catálogo: traduza descrições e ajuste tabelas de medidas.
  • Configure logística global e reversa: conecte transportadoras e estabeleça políticas de devolução claras.
  • Precifique com inteligência: inclua impostos e variações cambiais na composição do preço.
  • Ofereça suporte multilíngue: atendimento em inglês e espanhol amplia sua taxa de conversão.

CONCLUSÃO

Vender internacionalmente é um desafio complexo, mas altamente recompensador. O Cross Border na VTEX oferece a estrutura necessária para superar barreiras logísticas, tributárias e culturais, permitindo que sua marca alcance consumidores em qualquer parte do mundo.

Quer preparar seu e-commerce para conquistar mercados internacionais? A e-Plus, parceira VTEX há mais de 10 anos, pode ajudar sua operação a crescer além das fronteiras.

Entre em contato com nossa equipe e descubra como transformar sua loja em uma operação global.


PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE O CROSS BORDER NA VTEX

O que é Cross Border na VTEX?

É o modelo de vendas internacionais da plataforma, que integra pagamentos, logística e regras fiscais para permitir que uma loja brasileira venda em outros países.

Preciso abrir uma filial no exterior para vender internacionalmente?

Não. Com o Cross Border, sua operação permanece centralizada no Brasil, mas atende clientes de outros países.

Quais são os principais desafios do Cross Border?

Logística internacional, adaptação de catálogo, meios de pagamento e tributação são pontos que exigem atenção especial.

A VTEX já oferece integração com transportadoras globais?

Sim, a plataforma possui conectores nativos e possibilidade de integração com parceiros internacionais.

Vale a pena investir em vendas internacionais?

Sim, desde que sua operação esteja preparada. O modelo amplia alcance, diversifica receita e aumenta a competitividade.