O que CEOs e CMOs precisam entender antes de investir em Inteligência Artificial

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Nos últimos meses, é quase impossível participar de uma reunião de diretoria sem que o tema Inteligência Artificial apareça. Seja na área de marketing, comercial, atendimento ou operações, alguém sempre levanta a mesma questão:

“A gente precisa começar a usar IA na empresa. Mas por onde?”

E é aqui que muitos erros começam. Sim, a IA é poderosa.
Mas antes de investir, seja em tecnologia, ferramentas, consultorias ou projetos, CEOs e CMOs precisam entender que a IA não é um produto, e sim uma mudança de mentalidade.

A IA não é uma ferramenta. É uma estratégia de transformação.

Essa talvez seja a principal confusão que vemos no mercado.
Muitos líderes ainda tratam a Inteligência Artificial como um software a ser instalado, quando na verdade ela é um novo modelo de pensar e operar o negócio.

Ferramentas são apenas o meio.
O verdadeiro diferencial está em como a empresa usa os dados, integra os processos e toma decisões com base neles.

E isso exige visão estratégica. Afinal, a IA não resolve problemas mal definidos. Ela potencializa o que já existe. Se o processo é confuso, o dado é fraco e o objetivo não está claro, a IA só vai acelerar o erro.

Por isso, o primeiro passo antes de qualquer investimento é entender o que a empresa quer resolver e qual resultado espera atingir. Sem isso, qualquer projeto de IA vira só mais uma iniciativa “da moda”.

1. Clareza de propósito: o ponto de partida

Antes de falar de algoritmos, modelos ou automação, é preciso responder algumas perguntas simples, mas que muita gente ignora:

  • Que dor específica da empresa queremos resolver com IA?
  • Esse problema é de eficiência (fazer mais com menos) ou de crescimento (vender mais, entender melhor o cliente etc.)?
  • Como vamos medir sucesso?
  • Quem dentro da empresa será responsável por essa frente?

Essas perguntas ajudam a alinhar expectativas e a construir um plano de IA conectado ao negócio, e não isolado em departamentos técnicos.

É comum vermos empresas que implementam IA em setores soltos, um chatbot aqui, uma automação ali, e depois se frustram porque o impacto real não aparece no resultado final.

A IA precisa nascer com propósito e direção. Sem isso, ela se torna apenas custo.

2. Dados: o combustível da Inteligência Artificial

Um ponto inegociável: sem dados, não existe IA. E, mais do que isso, sem dados organizados, não existe resultado.

Os algoritmos aprendem com base no histórico da empresa. Se esses dados estão incompletos, duplicados, desatualizados ou espalhados em planilhas, o aprendizado será impreciso e as decisões também.

Antes de investir em IA, CEOs e CMOs precisam garantir que a empresa tenha ao menos três coisas:

  1. Fontes de dados confiáveis (CRM, ERP, e-commerce, mídias, atendimento)
  2. Governança mínima (quem coleta, quem valida e quem acessa)
  3. Integração entre áreas (marketing, vendas, financeiro e operações se falando)

Quando a base está limpa, a IA deixa de ser uma aposta e passa a ser um gerador de insights poderosos e acionáveis.

Empresas que começam com essa estrutura sólida conseguem usar IA para prever demanda, otimizar campanhas, melhorar experiência do cliente e até reduzir desperdícios operacionais.

3. Cultura e mentalidade: a IA não funciona sem pessoas

Outro erro comum é achar que basta contratar uma ferramenta ou equipe técnica e o problema está resolvido. Na prática, o maior desafio da IA está nas pessoas, não na tecnologia.

Empresas que têm sucesso com IA entendem que ela precisa de adoção interna. Os times precisam ser educados, envolvidos e convencidos de que a IA não veio substituir ninguém, e sim ampliar o potencial humano.

Por exemplo:

  • Um analista de marketing pode usar IA para gerar variações de anúncios em segundos, mas é o olhar dele que vai decidir qual tem mais apelo emocional.
  • Um gestor comercial pode usar IA para prever clientes em risco, mas é ele quem vai conduzir a negociação.
  • Um diretor de operações pode automatizar fluxos logísticos, mas ainda precisará definir as prioridades do negócio.

Quando a cultura é aberta à inovação, a IA se encaixa naturalmente nos processos. Mas quando há resistência, medo, desconfiança ou falta de clareza, a tecnologia simplesmente não prospera.

4. Comece pequeno, mas com propósito

Investir em IA não significa virar uma empresa de tecnologia da noite para o dia. Pelo contrário: as melhores iniciativas nascem pequenas.

A estratégia ideal é começar com projetos-piloto em áreas onde o impacto é rápido e fácil de mensurar. Pode ser no marketing, no CRM, no atendimento ou até no controle financeiro.

Esses pilotos funcionam como “provas de conceito”. Eles demonstram resultado, geram confiança e criam base para escalar depois.

Empresas que começam assim reduzem risco, aprendem com agilidade e formam um ecossistema de aprendizado interno. Em pouco tempo, o conhecimento se espalha e novas áreas começam a pedir soluções de IA naturalmente.

5. Escolha parceiros que entendam do seu negócio (e não só de tecnologia)

Outro ponto crítico: nem toda consultoria de IA entende o seu mercado. E esse é um erro caro.

Um parceiro técnico pode até saber tudo sobre algoritmos, mas se não compreender o contexto do seu negócio, seus clientes, seu funil de vendas, seu modelo de margem, o projeto dificilmente entregará valor.

É por isso que a abordagem da e-Plus é diferente. Somos uma Martech com mais de 15 anos de experiência em tecnologia, marketing e dados, o que nos permite unir os dois mundos: o da inteligência técnica e o da performance real de negócio.

Essa combinação é o que garante que as soluções de IA realmente façam sentido para a operação e tragam retorno financeiro.

6. Entenda o custo (e o retorno) de investir em IA

Muitos gestores têm receio de começar porque acreditam que IA é cara. Mas o investimento depende do escopo e da maturidade da empresa.

O que costuma acontecer é o oposto: empresas que adotam IA de forma estratégica reduzem custos de operação, otimizam tempo e aumentam a receita sem elevar proporcionalmente o time.

Vamos a um exemplo prático: uma empresa que gastava 20 horas semanais criando relatórios de performance conseguiu automatizar o processo com IA e reduziu o tempo para 30 minutos, com relatórios muito mais precisos. Esse ganho de eficiência, multiplicado por meses, gera economia real e tempo para inovação.

Ou seja: IA é investimento com retorno direto, desde que aplicado com propósito.

7. Governança e ética: a IA precisa de controle

Por mais poderosa que seja, a IA precisa de limites claros. Empresas de alta performance estão criando políticas de governança de IA, que definem como ela deve ser usada e quais dados podem ser tratados.

Isso evita riscos de exposição, vieses e decisões automáticas mal interpretadas. Líderes que tratam a IA com responsabilidade aumentam a confiança de clientes e parceiros e constroem reputação sólida.

Além disso, a nova legislação brasileira e internacional caminha para regras específicas sobre uso de IA corporativa. Quem se preparar agora estará à frente quando as regulações chegarem.

8. A importância de medir o impacto e ajustar o rumo

Implementar IA não é “instalar e esquecer”. É um processo vivo, que precisa ser medido e otimizado o tempo todo.

Empresas bem-sucedidas criam indicadores claros de performance (KPIs) para acompanhar seus projetos de IA.

Alguns exemplos:

  • Redução de horas em tarefas manuais.
  • Aumento de conversão em campanhas.
  • Melhoria na experiência do cliente.
  • Precisão de previsões.
  • ROI do investimento.

Quando a medição é constante, o aprendizado é contínuo e o retorno cumulativo.

9. O papel do CEO e do CMO nessa jornada

A liderança precisa estar envolvida desde o início. O CEO e o CMO são os grandes tradutores da visão de negócio em transformação digital.

O CEO garante direção, investimento e alinhamento cultural. O CMO conecta dados, marca e experiência do cliente. Juntos, eles definem onde a IA gera mais impacto e como integrá-la ao propósito da empresa.

Mais do que aprovar projetos, esses líderes precisam inspirar e direcionar o uso inteligente da tecnologia. Porque no fim do dia, a IA só funciona quando há propósito e propósito vem de cima.

10. O futuro pertence a quem entende o presente

A Inteligência Artificial não é o futuro distante. Ela já está moldando o presente.

As empresas que perceberem isso primeiro vão se destacar. As que demorarem, provavelmente terão que correr atrás, pagando mais caro e com mais urgência.

A boa notícia é que ainda há tempo para começar com estratégia e segurança. E o primeiro passo é entender que IA não é um modismo, é uma evolução natural da gestão moderna.

Antes de investir em Inteligência Artificial, entenda seu negócio, seus dados e sua cultura. Não caia na armadilha de implementar ferramentas sem propósito.

Comece pequeno, mas com direção. Escolha parceiros que conheçam tanto o mundo técnico quanto o de negócios. E lembre-se: IA é sobre pessoas, decisões e visão.

Porque no fim, a tecnologia não é o que muda o jogo. O que muda o jogo é a forma como você a usa.

FAQ

1. Por onde começar a implementar IA na minha empresa?
Comece com um diagnóstico: entenda seus dados, defina objetivos e identifique áreas com ROI rápido (como marketing ou CRM).

2. Quanto custa um projeto de IA corporativa?
Depende da complexidade e maturidade dos dados. Mas, em geral, o investimento se paga em poucos meses, graças à redução de custos e aumento de produtividade.

3. IA substitui pessoas?
Não. Ela automatiza tarefas repetitivas e libera o humano para pensar de forma mais estratégica e criativa.

4. É preciso ter uma equipe interna para começar?
Não necessariamente. Um parceiro especializado, como a e-Plus, pode conduzir o diagnóstico e as primeiras implementações com segurança.

Está pronto para dar o próximo passo? A e-Plus ajuda sua empresa a mapear oportunidades reais, estruturar dados e implementar IA de forma segura e estratégica.

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