3 estratégias de mídia programática para e-commerce

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Descubra como usar a compra automatizada de anúncios para encontrar novos clientes e aumentar seu ROAS

Mãos de um homem segurando um smartphone com ícones de aplicativos e redes sociais flutuando para fora da tela, representando o alcance da mídia programática para e-commerce.
Foto meramente ilustrativa: @freepik.com

Você já domina as campanhas no Google Ads e impulsiona seus produtos no Instagram. Os resultados aparecem, mas você sente que atingiu um teto? Que para crescer, precisa encontrar novos públicos em outros cantos da internet, mas não sabe como fazer isso de forma escalável e inteligente? Se a resposta for sim, está na hora de conhecer a mídia programática para e-commerce.

Enquanto as plataformas tradicionais atuam em seus próprios ecossistemas, a mídia programática abre as portas de toda a internet para os seus anúncios. Este artigo é um guia direto para desmistificar esse universo. Ao final da leitura, você entenderá o que é a compra de mídia automatizada, seus principais benefícios e quais estratégias práticas pode aplicar para levar a performance do seu e-commerce a um novo patamar.

O QUE É MÍDIA PROGRAMÁTICA? E POR QUE ELA É TÃO PODEROSA?

De forma direta, mídia programática é a compra e venda de espaço publicitário digital de forma automatizada e em tempo real, utilizando tecnologia. Ou seja, em vez de negociar manualmente com cada site ou portal, você usa uma plataforma para encontrar e comprar espaços que serão vistos pelo seu público-alvo específico, onde quer que ele esteja navegando.

A grande revolução da programática está em três pilares:

  1. Eficiência: o processo de compra é feito por máquinas em milissegundos, eliminando negociações manuais e otimizando o tempo da sua equipe.
  2. Precisão de segmentação: o foco muda de “onde” anunciar (em qual site) para “quem” impactar. Isso é possível porque a tecnologia permite encontrar seu cliente ideal com base em dados demográficos, de interesse e comportamento de compra.
  3. Escala e abrangência: seus anúncios podem aparecer em milhões de sites, portais, aplicativos e até em TVs conectadas, alcançando assim uma audiência muito maior do que apenas nas redes sociais ou na busca.

ENTENDENDO O ECOSSISTEMA PROGRAMÁTICO: AS SIGLAS ESSENCIAIS

O universo programático é cheio de siglas, mas os conceitos por trás delas são simples de entender.

  • DSP (Demand-Side Platform): é a plataforma que você, o anunciante, usa. É o seu painel de controle para definir o público que quer alcançar, o quanto quer pagar e para enviar seus anúncios ao leilão.
  • SSP (Supply-Side Platform): é a plataforma que os donos de sites e aplicativos (publishers) usam para disponibilizar e vender seus espaços publicitários de forma automatizada.
  • DMP (Data Management Platform): é uma plataforma de gestão de dados. Ela coleta, organiza e segmenta informações sobre o público, permitindo que você crie audiências extremamente específicas para suas campanhas.
  • RTB (Real-Time Bidding): é o “leilão em tempo real”. Em milissegundos, quando um usuário carrega uma página, a SSP anuncia o espaço, as DSPs analisam o perfil do usuário e fazem lances. A DSP que der o maior lance ganha o direito de exibir seu anúncio para aquela pessoa, naquele momento.

3 ESTRATÉGIAS DE MÍDIA PROGRAMÁTICA PARA E-COMMERCE

Agora que você entende o “como”, vamos ao “o quê”. Como usar esse poder para vender mais?

1- Retargeting avançado e multicanal

Você já faz retargeting no Instagram e no Google, mas e quando o cliente sai dessas plataformas? Com a programática, você pode continuar impactando esse usuário com anúncios do produto que ele viu em portais de notícias, blogs de nicho, aplicativos de previsão do tempo e muito mais, mantendo sua marca presente em toda a jornada de navegação dele.

2- Prospecção inteligente de novos clientes

Esta é uma das maiores vantagens. Usando dados (seus ou de terceiros), você pode criar perfis de “clientes ideais” e pedir para a DSP encontrar pessoas com comportamento online similar em toda a internet.

  • Exemplo: uma loja de vinhos, pode usar sua base de clientes que compram vinhos Malbec e criar uma campanha de prospecção. A mídia programática irá, então, exibir anúncios para novos usuários que leem sobre a região de Mendoza, visitam sites de churrascarias ou compram queijos online, pois o comportamento deles é similar ao dos clientes existentes.

3- Anúncios geocomportamentais

A programática permite cruzar dados de localização com comportamento online. Isso significa que você pode ir além de anunciar para “pessoas no bairro X”. Por exemplo, é possível impactar “pessoas que frequentam academias na Zona Sul e que buscaram por ‘tênis de crossfit’ nos últimos 30 dias”. Para lojas com operação física e online, essa estratégia é extremamente poderosa.

MÍDIA PROGRAMÁTICA VS. GOOGLE/META ADS: SÃO INIMIGOS?

Não, eles são complementares e devem trabalhar juntos. Pense no Google Search e Meta Ads como excelentes ferramentas para capturar uma demanda já existente dentro de seus ecossistemas. O cliente já busca por seu produto ou segue perfis relacionados.

A mídia programática, por sua vez, é a ferramenta ideal para gerar nova demanda e alcançar o usuário em todo o resto da internet (a chamada “open web“). Ela expande seu alcance para além dos jardins murados das grandes plataformas.

CONCLUSÃO: O PRÓXIMO PASSO NA MATURIDADE DIGITAL

A mídia programática para e-commerce representa a evolução da publicidade digital. Ela tira o foco da compra de espaços e o coloca na compra de audiências, permitindo que sua marca anuncie com um nível de inteligência, precisão e escala que antes era impensável.

Adotar a programática não é apenas sobre usar uma nova ferramenta, mas sobre amadurecer a sua estratégia de marketing, passando a tomar decisões 100% baseadas em dados para encontrar seu cliente onde quer que ele esteja.

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PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE MÍDIA PROGRAMÁTICA PARA E-COMMERCE

1- Mídia programática é apenas para grandes empresas com grandes orçamentos?

Não mais. Embora tenha começado como uma solução para grandes anunciantes, hoje existem DSPs e agências que viabilizam o acesso à mídia programática para empresas de médio porte. O importante é ter um orçamento que permita a coleta de dados suficientes para a otimização.

2- Como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) afeta a mídia programática?

A LGPD impacta diretamente, pois a programática se baseia no uso de dados do usuário. As campanhas devem ser feitas em conformidade com a lei, utilizando dados anonimizados ou com consentimento explícito do usuário (first-party data), garantindo a privacidade e a segurança.

3- Posso comprar mídia programática sozinho ou preciso de uma agência?

É possível, mas altamente complexo. Operar uma DSP exige um conhecimento técnico profundo, tempo para otimização e poder de negociação. Para a maioria dos e-commerces, contar com uma agência especializada é a forma mais rápida e segura de obter um bom retorno sobre o investimento.

4- Quais formatos de anúncio posso usar na mídia programática?

Praticamente todos os formatos digitais estão disponíveis: banners (display), vídeo (in-stream e out-stream), áudio (em podcasts e streamings de música), anúncios nativos (que se integram ao layout do site) e até Digital Out-of-Home (telas e painéis digitais em locais públicos).