
O tarifaço do Trump entrou em vigor em 2025 e já movimenta o comércio global. As novas tarifas de importação dos Estados Unidos, impostas pelo atual presidente Donald Trump, miram principalmente a China, mas não só ela. O Brasil, apesar de ser um aliado comercial, também foi afetado por um aumento de 25% nas tarifas.
Diante desse cenário, surgem impactos relevantes para o e-commerce brasileiro, que pode tanto enfrentar desafios quanto aproveitar novas oportunidades para crescer e ganhar competitividade no mercado interno.
O QUE É O TARIFAÇO DO TRUMP?
O termo “tarifaço” se refere ao aumento de tarifas de importação decretado por Trump em 2025, com o objetivo declarado de proteger a indústria americana e reduzir a dependência de produtos fabricados no exterior. A medida afeta principalmente a China (com tarifas que chegam a 125% sobre produtos como veículos elétricos, chips e baterias), mas também atinge outros países, como o Brasil, que teve um aumento de 25% nas exportações de aço e alumínio para os EUA.
Em linhas gerais, essas medidas fazem parte de uma nova fase da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que pode trazer desdobramentos para empresas de diferentes portes, especialmente aquelas que atuam com importações ou dependem de cadeias globais de fornecimento.
COMO ISSO AFETA O E-COMMERCE BRASILEIRO?
O e-commerce é um setor extremamente sensível a flutuações no comércio exterior. O tarifaço pode gerar impactos em diferentes frentes:
1- Aumento de custos para importadores brasileiros
Empresas brasileiras que importam produtos dos EUA ou da China (seja para revenda direta ou por meio de modelos como o dropshipping) podem sentir aumento nos custos, o que, por sua vez, impacta preços e margens de lucro.
2- Dificuldade de acesso a determinados produtos
Com as tarifas mais altas, o acesso a eletrônicos, peças automotivas e insumos tecnológicos pode ficar mais limitado ou mais caro, afetando nichos que dependem desses itens para abastecimento e venda online.
3- Encarecimento do dropshipping chinês
Com o aumento de até 125% nas tarifas sobre produtos chineses, o modelo de dropshipping baseado em plataformas como Shopee e Shein pode perder a competitividade a nível global. Isso pode provocar uma reestruturação nas estratégias dessas empresas e, ao mesmo tempo, no caso do Brasil, abrir espaço para marcas nacionais crescerem internamente, onde o custo-benefício passa a ser mais atrativo para o consumidor final.
OPORTUNIDADES PARA O BRASIL: MAIS ESPAÇO NO MERCADO INTERNO
Embora haja desafios, o cenário também cria oportunidades para o e-commerce brasileiro:
- Produtos nacionais mais competitivos: com o encarecimento dos produtos chineses, lojas virtuais brasileiras podem conquistar consumidores que, anteriormente, optavam por importados.
- Valorização de marcas locais: há uma chance de fortalecer marcas nacionais, especialmente ao oferecer vantagens como entrega mais rápida, suporte local e preços mais estáveis.
- Foco no mercado interno: lojas virtuais que explorarem melhor o comportamento do consumidor brasileiro e suas preferências têm mais chances de se destacar.
- Reforço de estratégias omnichannel: com menos dependência de importações, empresas podem otimizar seus estoques locais e apostar em modelos híbridos de venda.
O QUE A SUA LOJA VIRTUAL PODE FAZER AGORA?
A adaptação é o melhor caminho para não ser surpreendido. Nesse sentido, veja algumas medidas práticas:
- Reavalie fornecedores e parceiros internacionais
- Considere novas oportunidades de sourcing nacional
- Explore diferenciais como frete rápido e suporte local
- Fique atento às mudanças de comportamento do consumidor
De acordo com o portal E-commerce Brasil, essas mudanças já estão em curso e exigem ação imediata por parte de empresas que atuam no comércio eletrônico.
CONCLUSÃO: DESAFIO OU OPORTUNIDADE?
O tarifaço do Trump pode parecer um obstáculo à primeira vista, porém, com planejamento, ele também representa uma oportunidade estratégica para o e-commerce nacional. O encarecimento do dropshipping chinês, por exemplo, pode abrir portas para negócios locais ganharem mais espaço e fidelizarem consumidores.
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